Ilustrações by João Magara



Ilustração em Lápis preto


Ilustração em Tinta Acrílica


Ilustração em Gouache


Sempre gostei muito de ilustrar. Desde os meus 7 anos de idade, quando fazia os meus primeiros desenhos na escola, percebia que os meus eram bem diferentes dos rabiscos dos meus colegas. Desenhar para mim sempre
foi muito natural, quase um prazer e diversão. E com essa idade já conseguia interpretar formas de quase tudo que observava no mundo.

Desenhar formas era apenas o primeiro estágio para ser um ilustrador, quase algo intuitivo que bastava apenas ser um bom observador e ter memória boa, agora aprender a pintar as figuras ou na linguagem técnica "renderizar"
é que é muito mais complexo e exigia muito estudo.

Sempre fui muito inclinado ao hiper-realismo e às ilustrações acadêmicas, pois , então comecei a estudar as técnias que os pintores e ilustradores usavam para "imitar" a realidade. Luzes, sombras, texturas, como eles faziam isso?

Fui muito incentivado por grandes ilustradores, sem nunca tê-los conhecido, como: Sorayama, Boris Vallejo, o brasileiro Benício, Hideaki Kodama, o quadrinhista Jack kirby, Alex Ross, dentre outros. Ver as suas obras em anúncios de revistas,
embalagens, gibis, era um prazer imenso, ficava horas admirando-as.

Tanta dedicação, tanta preocupação em planejar, coletar referências, e finalmente projetar no papel toda a essência daquela imagem que um dia todos nós gostaríamos de ver.

Muitas vezes tudo isso passa-se despercebida pelo público, Ou até muitas vezes aquele comentário cruel: "Ah, ele deve ter retocado uma foto por cima".

Existem muitas técnicas utilizadas pelos artistas atualmente, e o que predomina, sem sombra de dúvidas é a digital ou computção gráfica. Era o terror e preocupação de muitos na época em que ela foi difundida.

Lembro-me, até hoje quando vi os primeiros trabalhos (década de 80) feitos em Macintosh Quadra, via os ilustradores observando aquelas imagens perfeitas geradas com fusões no Photostyler (precursor do photoshop) olhando de longe,
apavorados, com medo de serem demitidos a qualquer hora.

Mas hoje todos sabem que a máquina tornou-se na verdade a própria ferramenta do artista, somente mais uma ferramenta, e não substituiu o profissional.No lugar do aerógrafo, pincéis, apagadores elétricos, tintas, e outras parafernalhas, tomou-se o lugar pelas pontentes duplo processadas e com memória ram de não caber mais, monitores de 21,5 polegadas e tablets.

Não posso me queixar disso, pois também tenho parte de culpa nisso, tive que sobreviver também, fazer dezenas de cursos de computação gráfica, comprar duas estantes de livros de tutoriais, aprender a mexer no "Ruindows" (como o pessoal chamava na época pois só travava) para não ficar fora do mercado.

Enfim, hoje estou aqui, depois de várias décadas, de olho nas tendências do mercado e da informática, que mudam e avançam a cada instante e trabalhando cada vez com menos prazo. Esse é o preço que pagamos pela tecnologia!

Mas qual é a finalidade de toda essa conversa afinal? é apenas expressar minha preocupação de que o artista está ficando cada vez mais distante de seu trabalho.

Que no meio de tantos bytes e terabytes, se perca a alma do ilustrador, aquilo que é transmitido para o público, quando ele vê o seu trabalho, aquele sentimento que ele teve quando estava sentado na prancheta, sob uma luminária, tudo o que
se passou pela sua cabeça quando traceja cada centímetro da sua obra. Parece até que nós fazemos uma viagem interior ou ficamos em transe neste momento.

Os trabalhos dos artistas digitais, com seus recursos infinitos estão começando a se tornar muito parecidos, pois todo mundo acaba utilizando o mesmo programa, os mesmos plug-ins e recursos. Muitos artistas começaram a até a usar pincéis digitais para tentar diferençar seus trabalhos dos demais, então com isso a particularidade e a diferenciação de estilos vão desaparecendo.

Por isso estamos com esse projeto de valorizar aquilo que é "feito à mão", um trabalho original, não uma cópia impressa que centenas de pessoas podem ter em suas casas. Um trabalho que não tenha a interferência da máquina, um quadro emoldurado que só você pode ter e pintado com a alma do artista.

Mas ressaltando outra vez, não sou contra a tecnologia, pois me benefício diariamente dela e não posso viver sem ela também.

O que queremos o é oferecer um trabalho diferenciado pelo seu valor artístico e pela sua exclusividade.


* As ilustrações entregues são todas originais.
- Ilustração com lápis preto R$ 250,00
- ilustração em gouache R$ 500,00

- Ilustração em tinta acrílica R$ 970,00
- Ilustração em aquarela R$ 450,00


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Ilustrações, desenhos, reprodução artística